Laranjal

Pelotas sedia evento em defesa dos Rios, promovido pela Nación Pachamama

Como parte da programação da 1ª Pororoca da Nación das Águas - A Melodia dos Rios, mobilização nacional que acontece simultaneamente em várias cidades brasileiras

No dia 5 de novembro, domingo, Dia Nacional da Cultura e também aniversário do rompimento de uma barragem de mineração em Mariana, em Minas Gerais, será realizada "1ª Pororoca da Nación das Águas – A Melodia dos Rios", mobilização nacional junto aos povos ribeirinhos em defesa dos rios, em várias cidades brasileiras. Em Pelotas, evento ocorrerá no trapiche da praia do Laranjal a partir das 10h, com yoga às margens da Lagoa dos Patos, conectando com o fluxo das águas sagradas; projeção de vídeo: 'Puja com o Movimento Nacion Pachamama'; e roda de conversa sobre 'Os rios como sujeitos de direito - o direito à vida. Rio Camaquã tem direito à vida. Música e Arte'.

A promoção é do Movimento Nación Pachamama e a ONG Pachamama, com sede em Pelotas, que luta pelos direitos da natureza. A campanha é em conjunto com diversos movimentos sociais e juristas do país inteiro. O evento tem o objetivo de reunir grupos de interesse e movimentos sociais e chamar a atenção da população em defesa dos rios (bacias hidrográficas) e articular a legalização de políticas públicas que amparem estes rios como sujeitos de direitos e que os mostrem como centro nutritivo da própria humanidade desde a antiguidade.

Além de Pelotas, participam da 1ª Pororoca da Nação das Águas, as cidades de Fortaleza (Rio Cocó), Manaus (Rio Amazonas), São Leopoldo e cidades da região do Vale do Rio dos Sinos, Brasília, Belo Horizonte, Aracaju (Rio São Francisco), São Paulo (Rio Tietê), Florianópolis, San Marcos Sierras (Córdoba, Argentina).

Interessados em juntar-se à causa poderão entrar em contato pelo site www.nacionpachamama.com.

Mobilização
Segundo o presidente da ONG Pachamama, Doraci Guimarães, a 1ª Pororoca da Nação das Águas representa o momento em que o Brasil, país com a maior quantidade de água doce do planeta (cerca de 12%), exerce seu protagonismo diante da grande ameaça que as águas, especialmente os rios sofrem pela ação indiscriminada das práticas de consumo e do atual sistema social e econômico.

Enquanto países como Equador e Bolívia reconhecem nas suas Constituições, respectivamente, os direitos da Mãe Terra e o princípio da Harmonia, conta Doraci. “E diversos rios do mundo – a exemplo do Ganges e Yamuna, na Índia – ganham o mesmo status jurídico de um ser humano no que diz respeito ao seu direito à vida, o Brasil completa o aniversário de um dos maiores desastres naturais da nossa história, o assassinato do Rio Doce".

Para a ativista, a ameaça à existência e equilíbrio dos rios representa a mesma ameaça à existência e ao equilíbrio humano. "Em países desenvolvidos, não foram poupados esforços para despoluir os rios que cruzavam suas capitais, como é o exemplo do Tâmisa, na Inglaterra. No Brasil, infelizmente, essas iniciativas são praticamente inexistentes.”

 

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